domingo, 31 de janeiro de 2010

CORDEL NO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL TEMÁTICO BAHIA

O Fórum Social Mundial Temático Bahia se propôs a dialogar sobre a diversidade cultural e crise civilizatória pela qual passamos. Os escritores se reuniram dias 29 e 30 de janeiro, no Auditório Jurandir Ferreira, na Faculdade de Educação da UNEB, com noite de lançamentos de 22 livros, recorde de todas as edições do Fórum Social. Um bom sinal, o baiano ainda gosta de escrever, mas a leitura ainda está longe do ideal. Na Mesa Redonda Fala Escritor, mediada por Renata Rimet, organizada pelos projetos Prêmio Literário Waldeck Almeida de Jesus, Amantes do Conhecimento (Tassio Revelat), Fala Escritor (Leandro Assis), Projeto Galinha Pulando, www.galinhapulando.com, do escritor Valdeck Almeida de Jesus, Carlos Ventura falou do Panorama Editorial da Bahia sem deixar de abranger outros estados e países, defendeu a tese de que o preço exorbitante do papel, que muito influi no valor final do livro, é o responsável pela falta de leitores. É claro que ele tem razão, mas além de baratear o livro, feito com um produto ecologicamente incorreto, para usar um termo na moda, é preciso ‘revitalizar’ a cultura da leitura. Como, num mundo midiático, audiovisual e imediato? Quem tem tempo pra parar e ler um livro? Leandro de Assis abordou o livro e as feiras do livro; Carlos Souza instigou os poetas a mostrar a cara nos eventos culturais, como forma de marketing pessoal e a se relacionar não só em redes virtuais mas também reais; Carlos Alberto Barreto defendeu a profissionalização do escritor. O tema deu pano pra manga e houve opiniões prós e contras. Os repentistas, cordelistas e poetas de bancadas conseguiram recentemente a legalização da profissão, dando ao escritor o prazer de ver seu nome no cartão de aposentaria com sua profissão descrita. Após o debate, foi realizado um grande recital com todos os presentes: Franklin Maxado, Antônio Barreto, Jotacê Freitas, Carlos Conrado, Leandro de Assis, Grigório Rocha, Sandra Stabile, Renata Rimet, Carlos Barreto, Carlos Ventura, Valdeck Almeida, Domingos Ailton, Rick Vieira, Luiz Ramos, Tina Tude, Dulce Moreira, Robson, Marcos, Noan e Tonny, Varenka de Fátima, Jaime Poeta, Lucymar Soares, Monique Jagersbacher, Fau Ferreira e Vera Passos. Na noite lançamentos Marcos Peralta e Velame fizeram um belo pingue-pongue com o Tabacaria de Fernando Pessoa.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CORDEL COM CUNHO SOCIAL

Aconteceu, dia 21/01, no Espaço Raul Seixas do Sindicato dos Bancários, os lançamentos dos folhetos ASSÉDIO MORAL e LEI MARIA DA PENHA, da poeta Creusa Meira. Seus poemas são diretos e objetivos, escritos em septilhas, explica o que é assédio moral e suas implicações; e esclarece sobre lei a contra a agressão às mulheres.
Além de um delicioso coquetel, os presentes foram abrilhantados com a participação de sindicalistas, poetas, atrizes e músicos que deram uma 'canja': Antonio Barreto, Jotacê Freitas, Carlos Pronzato, Zé de Honorina, Inaê Sodré e Sapiranga. Marcaram presença também os artistas plásticos Luis Natividade e Walkíria Andrade F.
"Toda vítima de assédio
Tem que se conscientizar
Das humilhações sofridas,
Os detalhes anotar;
Saiba que é necessário:
Dia, mês, ano, horário,
Pra mais tarde comprovar."

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CORDEL NA REVISTA BRAVO!

A Revista BRAVO!, Especial Bahia, janeiro 2010, propõe-se a mostrar a “nova cara cultural da Bahia”, as novas tendências e produções dos Centros de Cultura, das Artes Plásticas, da Música, do Cinema, do Teatro, da Dança, da Cultura Popular e da Literatura.
Nas quatro páginas dedicadas à Literatura, é apresentado um panorama das novas produções literárias na Bahia, destacando a presença do Cordel através dos poetas Wladimir Cazé, Antonio Barreto e Jotacê Freitas, que tem as capas de cinco dos seus folhetos ilustrando a matéria.
Temos ainda um ensaio sobre a baianidade literária através das obras de Jorge Amado e Gregório de Mattos.
É claro que muita gente ficou de fora, em todas as áreas, mas artigos como esse, que se propõe a fazer um balanço, são úteis para o desenrolar da produção artística, principalmente se causar polêmica.
Parabéns à Revista BRAVO! pela iniciativa; ao povo da Bahia, pelo patrocínio; e ao jornalista Ronaldo Jacobina que ousou em inserir a Literatura de Cordel na discussão da Literatura de Estante.

sábado, 9 de janeiro de 2010

CORDEL PARA A 3ª IDADE

A Biblioteca de Extensão, da Fundação Pedro Calmon, através do projeto Biblioteca Móvel no Verão, promoveu uma excelente atividade cultural para as idosas do Lar Irmã Maria Luíza, no bairro dos Mares, na Cidade Baixa, com leitura de cordéis com o poeta Jotacê Freitas, neste sábado à tarde.
Com a proposta de proporcionar um dia diferente para as residentes do Lar Irmã Maria Luiza, o poeta incluiu no seu repertório, além da sua produção, os poemas: GAROTAS QUE ANDAM SEM CAMISA E SEM CUECA, de Cuíca de Santo Amaro; e, AKARÁ-JE, O MESMO QUE COMER FOGO, do poeta santamarense Antonio Vieira.
Empolgadas com as histórias satíricas, que trouxeram de volta lembranças do passado, as idosas riram, comentaram, sugeriram temas e esperam novas visitas.

AUTO-AJUDA E DESCARAÇÃO - NOVOS CORDÉIS

A Editora Tapera editou mais dois novos folhetos do poeta Jotacê Freitas. São eles: ABC DAS DOENÇAS CURÁVEIS COM MUDANÇA DE ATITUDE e NO TEMPO EM QUE BOCAIS MATAVA CACHORRO A GRITO.

O primeiro pode ser classificado como um cordel de auto-ajuda. A partir do livro Você Pode Curar a sua Vida, de Louise L. Hay, o poeta escreveu 21 septilhas em que aborda os processos mentais causadores das doenças e as atitudes que devem ser tomadas para evitar ou diminuir as causas.

Nos primeiros quatro versos é descrita a doença ou sintoma e nos três últimos as sugestões para as mudanças.

O segundo retrata a vida do poeta português, Manuel de Maria Bocage, a partir das fantasias sexuais infantis muito disseminadas no Sertão da Bahia nos anos 70, através do personagem Bocais, talvez uma corruptela do nome Bocage bem carregado no sotaque português. Esse tipo de cordel costuma ser classificado como 'de descaração', 'de putaria' ou simplesmente 'imoral'. O poeta usou esse estilo para fazer alusão ao estílo satírico do famoso poeta português que viveu entre os séculos XVIII e XIX.

Os dois livretos possuem capas em xilodigital criadas pela artista plástica Walkíria Andrade F. e dão início à produção de 2010 do poeta Jotacê Freitas.