O Cordel Baiano marcou presença paralela à grande Festa
Literária Internacional de Cachoeira – Flica, no ano de 2012. O poeta e Folheteiro Jurisvaldo Alves, o poeta e xilogravurista Luiz Natividade e o poeta Jotacê Freitas
instalaram-se na Praça da Aclamação em frente ao canhão histórico da
Independência da Bahia e do ônibus da Biblioteca Móvel. Jotacê recitou versos
para a plateia que se aconchegava a cada momento; Luiz Natividade produziu
xilos na hora e ainda ensinava às crianças e adultos que se interessavam; e,
Jurisvaldo, com sua mala de folhetos, contava a história do cordel desde o seu
surgimento até os tempos atuais.
A Praça da Aclamação foi um espaço mal utilizado, ocupado
desordenadamente por artesãos e camelôs diversos na saída do Conjunto do Carmo,
local da realização do evento. A Praça poderia ser o local para que escritores
e editoras independentes pudessem expor seus livros servindo de alternativa aos
visitantes que não conseguiram vaga para assistir aos debates e, também após as
mesas, terem a oportunidade de conhecer a produção literária baiana
contemporânea e independente.
Outra possibilidade seria a parceria com a Biblioteca Móvel para fazer a ‘FLIQUINHA’ com a presença de contadores de história e teatro infantil, pois a Praça ficou lotada de crianças durante o evento e algumas instituições locais souberem aproveitar improvisando rodas de leitura para os pequenos leitores do futuro.
Este ano a Flica contou com patrocínio da COELBA, através do
Fazcultura – Secult - Governo da Bahia e PETROBRAS, através do Governo Federal.
Teve apoio do FIEB/SESI, FPC, Bahiatursa, Secretaria do Turismo e Secult –
Governo da Bahia e UFRB. A Livraria LDM foi eleita a livraria oficial, de forma
merecida, mas ocupou um espaço reduzido para o acervo que possui, gerando
desconforto aos interessados que circularam no pequeno e estreito labirinto de
estantes. A Putzgrillo e a Icontent foram as empresas realizadoras do projeto e
criaram na mídia a imagem de um grande evento que ficou restrito apenas à lista
de convidados nacionais e internacionais de peso. As mesas temáticas foram
ótimas, apesar dos contratempos de terem que ser rearranjadas de última hora, e
o pequeno espaço para a plateia. O telão usado ano passado fez falta, mas nos
bastidores ventilou-se que a verba foi reduzida. As atrações musicais deste ano
foram mais condizentes com o objetivo da Festa que é literária e não dançante.
Afinal de contas ao povão deve ser servido o biscoito fino da nossa cultura.
Mateus Aleleuia, Cláudia Cunha e Roberto Mendes foram fantásticos em suas
apresentações.
Com certeza este é um evento que precisa ser mantido em
nosso calendário cultural, a Bahia precisa voltar a ser reconhecida do pescoço
para cima e não apenas da cintura para baixo. Cachoeira é uma cidade
encantadora e ficaria melhor ainda se os bares não ocupassem as ruas para que
pudéssemos passear tranquilamente fotografando e fruindo seu acervo
arquitetônico e natural. O Pouso da Palavra deveria estar inserido na
programação com divulgação do acervo e eventos, como o lançamento do Dicionário
de Baianês, que foi cooptado de última hora para a Flica e o espetáculo
Contarina com a multi-artista Josin. A fiscalização da poluição sonora também
poderia ser mais atuante com os proprietários de carros com som, impedindo que
a trilha sonora fosse à base de pagodão, arrochão e afins.
Olá, Jotacê. Te conheci na Flica e adquiri o seu livro "BAIANICES, BAIANADAS E BAIANIDADES". Na medida do possível, estarei divulgando o teu nome e o teu trabalho.
ResponderExcluirFelicidades,
Nédia Sales.
Obrigado, Nédia. A Flica foi ótima para fazermos contatos também, foi bom te conhecer e espero em breve conhecer seus poemas também. Felicidades!
ExcluirAbreijos
Jotacê