Uma das empresas patrocinadoras do São João bonfinense
espalhou vasta propaganda na arena junina, no Parque da Cidade, alegando que “São
João e tradição fazem um casamento bão”
e não foi apresentado o tal ‘casamento’. A Capital Baiana do Forró e do Futebol,
em ritmo de copa e copos está mais para festa de largo soteropolitana.
Consultando o dicionário Houaiss aprendemos que tradição é
uma herança cultural, um conjunto de valores morais, culturais e espirituais,
entre outros, passados através das gerações.
Há uma contradição em relação ao prometido com o
realizado e os contraditórios são também contrariados e às vezes são do contra.
A união dos opostos em benefício de um bem imaterial comum, a nossa cultura,
será benéfica para a população que precisa conhecer a própria história e a
diferença entre cultura popular e cultura de massa. Usar o “gosto” dos jovens
como desculpa é insipiente, pois temos obrigação de educar os jovens. Clique na imagem acima para ler o folheto de cordel.
Foto: Walkíria Andrade F. |
A 1ª FEIRA DO LIVRO DO PIEMONTE NORTE DO ITAPICURU
Anunciada no panfleto oficial que divulga a programação da
festa junina de Senhor do Bonfim, a 1ª Feira do Livro do Piemonte Norte do Itapicuru foi, sem nunca ter sido, uma verdadeira Feira.
Uma série de desencontros e promessas de apoio não cumpridas impediram a plena
realização do evento que funcionou improvisadamente apenas no segundo e terceiro dias, dos cinco
programados. Estiveram presentes diversos escritores com sua produção literária:
Dora Ramos, Paulo Tolentino, Renato Bandeira, Gustavo Teixeira, Edvan Cajuhi(com
o acervo da ACLASB), Jotacê Freitas, os músicos Daniel Gomes e Zecrinha com CDs
e a artista plástica Maria Cristina com uma exposição de quadros. Estavam à
venda também livros de autores regionais, nacionais e internacionais.
O imprevisto
me inspirou a compor mais três sextilhas para o cordel “A guerra de Zé do
Contra...” :
O Casamento
Matuto
Pra ele não
tem valor
O Teatro é
loucura
Que junta o
riso e a dor
Zé do Contra
é contra tudo
É contra até
o amor.
Zé do Contra
odeia livros
E os que
gostam de estudar
Quanto mais
analfabetos
Funcionais
para usar
Zé do Contra
se elege
Ao que se
candidatar.
Zé do Contra
é contra a feira
E a deixa
entregue às traças
A de livros
a de rua
A de arte de
cabaça
E outras
artes também
Não importa
quem as faça.
Meu querido Jotacê, fico muito feliz com a qualidade do seu trabalho, e orgulhoso de sua trajetória na literatura. Um grande abraço. Edmar Dias.
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