sábado, 27 de outubro de 2012

VEM AÍ! ELE, O TAL, CUÍCA DE SANTO AMARO!

Foi divulgado neste sábado, 24/10, na coluna VIP de Telma Alvarenga, do Correio da Bahia, a boa notícia da esteia do filme "CUÍCA DE SANTO AMARO", dirigido por Joel Almeida e Josias Pires, após participação no Festival É TUDO VERDADE, em São Paulo, no mês de abril.
Os baianos poderão conhecer a vida deste controverso poeta que no Séc.XX bradou seus versos contra tudo e todos que não andavam na "linha". As exibições ocorrerão a partir do dia 9/11, no Espaço Itau de Cinema - Glauber Rocha, na programação do Festival CineFuturo - VIII Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual.

domingo, 21 de outubro de 2012

CORDEL BAIANO NA FLICA 2012

O Cordel Baiano marcou presença paralela à grande Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica, no ano de 2012. O poeta e Folheteiro Jurisvaldo Alves, o poeta e xilogravurista Luiz Natividade e o poeta Jotacê Freitas instalaram-se na Praça da Aclamação em frente ao canhão histórico da Independência da Bahia e do ônibus da Biblioteca Móvel. Jotacê recitou versos para a plateia que se aconchegava a cada momento; Luiz Natividade produziu xilos na hora e ainda ensinava às crianças e adultos que se interessavam; e, Jurisvaldo, com sua mala de folhetos, contava a história do cordel desde o seu surgimento até os tempos atuais.
 
A Praça da Aclamação foi um espaço mal utilizado, ocupado desordenadamente por artesãos e camelôs diversos na saída do Conjunto do Carmo, local da realização do evento. A Praça poderia ser o local para que escritores e editoras independentes pudessem expor seus livros servindo de alternativa aos visitantes que não conseguiram vaga para assistir aos debates e, também após as mesas, terem a oportunidade de conhecer a produção literária baiana contemporânea e independente.
Outra possibilidade seria a parceria com a Biblioteca Móvel para fazer a ‘FLIQUINHA’ com a presença de contadores de história e teatro infantil, pois a Praça ficou lotada de crianças durante o evento e algumas instituições locais souberem aproveitar improvisando rodas de leitura para os pequenos leitores do futuro.
Este ano a Flica contou com patrocínio da COELBA, através do Fazcultura – Secult - Governo da Bahia e PETROBRAS, através do Governo Federal. Teve apoio do FIEB/SESI, FPC, Bahiatursa, Secretaria do Turismo e Secult – Governo da Bahia e UFRB. A Livraria LDM foi eleita a livraria oficial, de forma merecida, mas ocupou um espaço reduzido para o acervo que possui, gerando desconforto aos interessados que circularam no pequeno e estreito labirinto de estantes. A Putzgrillo e a Icontent foram as empresas realizadoras do projeto e criaram na mídia a imagem de um grande evento que ficou restrito apenas à lista de convidados nacionais e internacionais de peso. As mesas temáticas foram ótimas, apesar dos contratempos de terem que ser rearranjadas de última hora, e o pequeno espaço para a plateia. O telão usado ano passado fez falta, mas nos bastidores ventilou-se que a verba foi reduzida. As atrações musicais deste ano foram mais condizentes com o objetivo da Festa que é literária e não dançante. Afinal de contas ao povão deve ser servido o biscoito fino da nossa cultura. Mateus Aleleuia, Cláudia Cunha e Roberto Mendes foram fantásticos em suas apresentações.
Com certeza este é um evento que precisa ser mantido em nosso calendário cultural, a Bahia precisa voltar a ser reconhecida do pescoço para cima e não apenas da cintura para baixo. Cachoeira é uma cidade encantadora e ficaria melhor ainda se os bares não ocupassem as ruas para que pudéssemos passear tranquilamente fotografando e fruindo seu acervo arquitetônico e natural. O Pouso da Palavra deveria estar inserido na programação com divulgação do acervo e eventos, como o lançamento do Dicionário de Baianês, que foi cooptado de última hora para a Flica e o espetáculo Contarina com a multi-artista Josin. A fiscalização da poluição sonora também poderia ser mais atuante com os proprietários de carros com som, impedindo que a trilha sonora fosse à base de pagodão, arrochão e afins.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

CORDEL BAIANO EM DISSERTAÇÃO DE MESTRADO NA UNEB


A defesa da dissertação de mestrado da Profª Solange Gusmão de Andrade,  NAS TRILHAS DO CORDEL BAIANO: CONTEÚDOS SIMBÓLICOS E EFEITOS DE SENTIDOS, aconteceu ontem, 15 de outubro, às 9:00 h, no prédio da Pós-graduação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Programa de Pós-graduação em Estudo de Linguagens (PPGEL). A mesa foi composta pela orientadora da mestranda, Profª Dra. Rosa Helena Blanco, Profª Dra. Edil Silva Costa (UNEB) e Profª Dra. Lígia Negri (UFPR). A pesquisadora entrevistou os poetas Antonio Barreto, Jotacê Freitas, Franklin Maxado, Bule-Bule, Zumar Sérgio, Gilton Thomaz, Gilmara Cláudia e Creusa Meira, analisando diversos folhetos destes autores. O debate com a plateia ficou acalorado quando Solange fez uma comparação entre os folhetos “A ORIGEM DO MENSALÃO DESDE OS TEMPOS DE CABRAL”, de Antonio Barreto; e, “LUIS INÁCIO DA SILVA, O HOMEM QUE NÃO SABIA”, de Jotacê Freitas, tema que voltou à tona por conta do julgamento da Ação 470 pelo TSF. Barreto que esteve presente comentou “que a professora Solange foi serena, criativa e teve um excelente desempenho. “A Peleja Internética entre dois Cabras da Peste e uma mulher Arretada”, Gilmara, Jotacê e Barreto, deu o que falar, como também "O Jumento que entrou na Faculdade!”, mostrando que os  cordelistas baianos estão antenados com o nosso tempo, sempre preocupados com as questões sociais, políticas e educacionais !” Parabéns, Solange, pela valorização do nosso cordel.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A ARTE DE LUIS CAMPOS, O BLIND JOKER BAIANO

Finalmente, após quase dez anos de produção virtual através de diversos blogs e lista de discussão,o poeta, Luis Campos, o Blind Joker (Palhaço Cego), publica 9 folhetos impressos, editados pela Editora Vento Leste. Possuidor de um humor peculiar e crítico, Luis Campos, 58 anos, aposentado e cego, escreve nos mais variados estilos, desde a piada até o conto, passando pelo cordel e versos livres.
 No 3º Encontro de Cordelistas, realizado em 22/04, quando foi criada a Cordelteca da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, Luis Campos nos presenteou com os cordéis: HOMENAGEM A JOSÉ ÁLVARES DE AZEVEDO & HOMENAGEM A LOUIS BRAILLE, HOMENAGEM AOS CRIADORES E DESENVOLVEDORES DO SISTEMA DOSVOX & CORDEL AO XII ENCONTRO NACIONAL DE USUÁRIOS DO SISTEMA DOSVOX, I ENCONTRO BAIANO DE MULHERES CEGAS & 13º SEMINÁRIOS SOBRE ACESSIBILIDADE E CIDADANIA EM SALVADOR, todos abordando a temática da deficiência visual, assunto no qual ele se insere e defende a organização e criação de espaços e eventos culturais que agreguem os cegos e outras pessoas com necessidades especiais sem trata-los como ‘coitadinhos’.
Seguindo a tradição da sátira e crítica de costumes, Luis Campos, escreveu também os cordéis: A COPA DA BICHARADA, VAI UM ESCÂNDALO AÍ GENTE? & BRASIL...PAÍS DO FUTURO?, ALÉM DE CEGO, CORNO!, RELIGIÃO? TÔ FORA!, GP DA BICHARADA, MICHAEL JACKSON VIDA E TRAJETÓRIA!
Quem quiser conhecer mais sobre sua obra visite os blogs: revistacegoavista.blospot.com, mundocordel.blospot.com, planetaeducacao.com.br  e para manter contato com o poeta basta escrever para lc51@terra.com.br ou lc51letras@gmail.com