segunda-feira, 25 de novembro de 2013

OS MELHORES MOMENTOS DA XI BIENAL DO LIVRO DA BAHIA 2013

A grande festa do livro, da leitura, do escritor, do leitor, a XI Bienal do Livro da Bahia, transcorreu com sucesso de vendas e de público. O Espaço do Cordel foi uma das maiores atrações com os poetas e folheteiros presentes e dispostos a declamar seus versos a qualquer solicitação. Diversas regiões baianas estiveram representadas e a Praça de Poesia e Cordel abrigou 22 poetas em sua programação oficial, mas a literatura popular esteve presente também nas vozes de poetas de outras linhagens literárias.
 Na sexta-feira quem fez a abertura da festa foi Alberto Lima, bradando títulos, versos e soprando uma flauta transversal que deu um novo toque aos recitais e shows seguintes. Pilô Pires trouxe o misticismo da Casa da Magia, rimando seus versos em homenagem à cabaça, aos cristais, aos amigos e aos animais.
 No sábado, Sérgio Bahialista, poeta, professor e mestre em educação,  e Jotacê Freitas, fizeram mais uma vez a dobradinha de sucesso com seus cordéis urbanos satirizando o comportamento popular diante dos fatos corriqueiros e extraordinários da nossa sociedade.
                                  
No domingo, José Walter Pires, mostrou que erudição também pode ser cômica, lírica e popular. Creusa Meira defendeu sua postura feminista feminina com versos simples e conscientizadores. Sueli Valeriano o tempo inteiro defendeu a cultura da sua terra com mensagens ecológicas e saudáveis.

 Na segunda-feira, Jurisvaldo Alves, poeta e folheteiro, brindou a todos com o pouco da história do cordel e da vida do folheteiro, o movimentador do cordel no Brasil, além de lançar um romance em parceria com sua filha Patrícia Oliveira. Olliver Brasil deu um banho de interpretação com seus causos caipiras de rimas perfeitas. Osmar Machado, poeta consagrado no 1º Concurso Nacional de Literatura de Cordel da Funceb 2004, declamou seus martelos bem ritmados, no galope do cavalo na beira do mar. Neste dia, em outra sessão, o poeta Piligra, lá de Itabuna, leu cordel para todos, uma peleja de três e uma odisseia amadiana.


 Na terça-feira, todos os cordelistas ocuparam a Praça de Poesia em benefício do andamento da programação e o curador, José Inácio, convocou o alabaiano Luis Natividade e o cearense Abraão Batista para demonstrarem seus poemas até a chegada de Kitute de Licinho, direto de Irará. Vestido com gibão e chapéu de couro, este iraraense conquistou a plateia com sua comicidade durante as leitores de diversos folhetos.
                                   
Na sexta-feira, feriado da República, Franklin Maxado fez um show de cordel e foi mais que um bufão demonstrando uma lucidez clareadora em relação às manifestações ocorridas no país segundo semestre deste ano. Ele foi ladeado por Janete Lainha, de Ilhéus, ótima poeta e atriz excelente, que usou muito bem o pequeno espaço cênico para dramatizar suas rimas. Com uma visão libertadora do gênero feminino, Salete Maria, parabaiana, demonstrou com boa métrica e oração que a mulher pode tudo e muito mais.

O encerramento ocorreu no domingo. A confraria dos Antonios estava presente. Raquel e Alexandre Vieira, cantaram o clássico texto A PELEJA DA SABEDORIA POPULAR COM A CIÊNCIA, com direito a canja do netinho de Antonio  Vieira, o renovador do cordel no final do século XX. Antonio Barreto, declamou, cantou e inventou moda, de posse de um pandeiro e de uma gaita, criou o Forró de Boca, que animou o espaço durante os 10 dias de feira.



Ciceroneados pelo ator e apresentador Jackson Costa, Antonio Queiroz e Antonio Ribeiro, o Bule-bule, cantaram repentes de acordo com o gosto da plateia, fazendo a alegria de todos e deixando saudades. Quem falou pouco foi Zuzu Oliveira, grande poeta baiana, que resumiu todo o evento a uma simples frase: “-Esta foi a Praça mais animada da Bienal e deveria ser chamada de Praça da Alegria”.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CORDEL BAIANO NA XI BIENAL DO LIVRO DA BAHIA

Está sensacional a programação de leituras e recitais da Praça de Poesia e Cordel da XI BIENAL DO LIVRO DA BAHIA que tem início na próxima sexta-feira, 8 de novembro, no Centro de Convenções da Bahia. Serão 22 cordelistas contribuindo para Mil e um poemas em dez noites de poesia. Veja abaixo os dias e horários dos melhores poetas de cordel da Bahia.

8/11 - sexta-feira -  18 horas - Alberto Lima, Pilô Pires e Maysa Miranda
9/11 – sábado – 19 horas – Gilmara Cláudia, Jotacê Freitas e Sérgio Bahialista
10/11 – domingo – 18 horas – José Walter Pires. Sueli Valeriano e Creusa Meira
11/11 - segunda-feira – 20 horas – João Augusto, Jurivaldo Alves da Silva e Olliver Brasil

12/11 - terça-feira – 19 horas – Kitute de Licinho, Zezão Castro e Clóvis Pereira da Fonseca
15/11 - sexta-feira – 19 horas - Janete Lainha, Franklin Maxado e Salete Maria
17/11 – domingo –19 horas - Antonio Bareto, Zuzu Oliveira e Homenagem a Antonio Vieira por seus filhos Rachel Vieira e Alexandre Veira;  –  20 horas – Bule-Bule.

A Feira de Cordel funcionará nos mesmos moldes da Bienal anterior com barraquinhas no entorno da Praça de Poesia e Cordel onde os leitores poderão manter contato direto com os autores, ilustradores e suas obras em folhetos, livros e xilogravuras.