domingo, 14 de dezembro de 2014

SARAU DA SEREIA

O poeta, compositor e arte educador, Osmar Machado, realizou no Estúdio da Sereia, o Sarau da Sereia, com criação de uma Cordelteca e lançamento do folheto Dalma e Francisco. O evento teve como plateia as crianças da Associação de Capeira Regional Arte Nossa.
A FELITA – Feira Literária de Itabuna, realizada dias 4 a 7 de dezembro, na AFI – Ação Fraternal de Itabuna, foi um marco para uma terra que gestou tantos escritores. Esta primeira Feira teve Adonias Filho como patrono em comemoração ao seu centenário. Debates, entrevistas, lançamentos de livros, oficinas de criação, recitais, música, contação de histórias e stands de editoras incrementaram o final de semana cultural “na terra onde nasceu Jorge Amado”. 
Jotacê Freitas realizou uma oficina de cordel.
Os temas foram os mais variados: do papel da igreja progressista na redemocratização até a Literatura Baiana hoje; da História Social da Bahia à Literatura de Cordel contemporânea; da invenção da poesia às literaturas divergentes; da vida e obra de Adonias Filho ao tempero da comida baiana de Jorge Amado, presenteada por Paloma Amado que fez questão de prestigiar o evento com afetivo respeito à cidade que tem seu pai como símbolo.
Elton Magalhães lançou cordel e bateu papo com a plateia.
No decorrer dos debates oficiais, de bastidores e de mesas de bar as opiniões convergiram para a constatação de que a atual literatura baiana não está em lugar nenhum do Brasil, ou seja, o destaque é ínfimo. Muitas publicações de qualidade são lançadas por pequenas editoras mas ficam restritas aos locais de produção.  Mesmo sabendo da importância de sermos universais em nossa aldeia e da necessidade de fomentarmos a cadeia local do livro, o escritor deseja ser lido pelo mundo inteiro, seja por vaidade, pretensão, síndrome de genialidade ou qualidade, mas o público leitor, peça imprescindível na cadeia produtiva do livro, está cada vez mais escasso. O crescimento do mercado depende do aumento do número de leitores. 
A plateia atenta no Espaço Orfeu enquanto Luiz Natividade desenha mais um rosto.
Falou-se muito em formação de ‘público leitor’ e de que a educação seria a saída para fomentar este crescimento, mas a própria educação tem utilizado muito a ‘virtualidade’ eletrônica e a ‘leitura’ soçobra neste embate pois os meios ‘sociais’ virtuais utilizam mais o áudio visual fazendo com que seus ‘usuários’ considerem a ‘leitura’ algo ultrapassado e cansativo. Como estimular a leitura diante dessa realidade? Esta é a pergunta que nos faço.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Maiores detalhes entrar em contato com: Luiz Mott
Fone: 71 - 3328.3782 / 9128.9993

sábado, 29 de novembro de 2014

CORDEL BAIANO NA SALA DE AULA

CORDEL POLÍTICO PEDAGÓGICO - UMA CARTILHA OPORTUNA

O novo livro do poeta e professor, Jotacê Freitas, CORDEL POLÍTICO PEDAGÓGICO terá pré-lançamento dia 07/12, durante uma Oficina de Cordel, na FELITA – Feira Literária de Itabuna, e lançamento afetivo no dia 19/12 na UNEB – Senhor do Bonfim, sua terra natal. “Neste livro, o poeta apresenta-se como um educador que leva para a sala de aula a tradição do cordel como ferramenta pedagógica que colabora no processo de aprendizagem.” 
 Sem preciosismos linguísticos, ‘literatices’ ou ‘cientificismo ortodoxo’, o livro CORDEL POLÍTICO PEDAGÓGICO, ou mais sabiamente, “cartilha didática e prática do cordel”,  é um caderno ideológico, artesanal, típico de quem está na trincheira entre a poesia e a educação. Jotacê Freitas, no falar de Reginaldo Carvalho, professor da UNEB, prefaciador e estudioso da interligação entre arte e educação, “propõe com a autoridade de um prático e a tranquilidade oriunda da experiência uma metodologia do ensino do cordel, onde não faltam a cantoria, o funk, o rap, o samba de roda e – acreditem – o pagode”.
 Os textos aproximam-se da oralidade, como a sintaxe fácil da poesia de cordel exemplificada à exaustão em 2/3 do livro. Mas são exemplos necessários à prática da profissão de professor, público a quem o livro se dirige, podendo ser lido por admiradores do cordel e estudantes de pedagogia, letras e demais licenciaturas.
A temática central é a “Didática da Poesia Popular” apresentada com a objetividade de quem sabe o que faz. Mas está incluso também a ‘história do cordel’, folhetos editados em greves de professores, relatos de fatos escolares, materiais didáticos para práticas em sala de aula e duas entrevistas em que o poeta expõe sua vida, influências, experiências e ideologias.
A capa é panfletária, típica pichação, colagem em muros, referência atualíssima da contemporaneidade tão presente nos cordéis, criação da artista plástica, ilustradora e esposa do poeta, Walkíria Freitas.
A publicação com 120 páginas é independente, foi editorada na Gráfica e Editora Vento Leste e será comercializada a R$ 20,00 nos lançamentos. Quem desejar pode adquirir pela internet, incluindo a taxa dos Correios, pelo endereço eletrônico  oficinadecordel@gmail.com .

Os Editores

terça-feira, 21 de outubro de 2014

CORDEL BAIANO VIRADO NA PORRA!

Após o lançamento do livro, 2014 – O ANO DA COPA NO PAÍS DO FUTEBOL, na livraria Saraiva, Elton Magalhães lançou na praça dois novos folhetos. Trata-se do revelador “ALMANAQUE DA PORRA”, uma pérola da baianidade linguística, palavra de múltipla semântica e classes; e do exercício poético “TEM GENTE QUERENDO SEPARAR O NORDESTE DO RESTO DO BRASIL”, um galope com décimas decassílabas, antisseparatista, revidando com exaltação o recente preconceito contra nordestinos nos debates políticos em redes sociais.
Os interessados em adquirir os cordéis devem entrar em contato com o autor: eltonveota@gmail.com  (71)8861-8858 / 9115-1782.
Diversos amigos e poetas também estiveram presentes no lançamento, Creusa Meira marcou a presença feminina do cordel baiano.
                               

sábado, 11 de outubro de 2014

UMA GOLEADA DE VERSOS, RIMAS E HISTÓRIA.

Mesmo negligenciada pelos estudos literários contemporâneos e pelo “povo” que lhe pertencia, a Literatura de Cordel encontrou um meio termo para sobreviver em pleno Século XXI. A Educação tem sido este caminho, aberto ao final do século passado, quando instituições como o MEC – Ministério de Educação e Cultura e SESC – Serviço Social do Comércio deram uma injeção de ânimo, na valorização e revitalização do “velho cordel” e divulgação e difusão do “cordel novo”. Recomendações em parâmetros curriculares para as escolas se apropriarem do cordel como ferramenta para o letramento das crianças, jovens e adultos; exposições, seminários, concursos e debates despertaram em jovens a ânsia de conhecer a arte universal de contar histórias em versos mais brasileira que existe: a Literatura de Cordel.  Lembrando também que diversos escritores “imortais” e “marginais” brasileiros experimentaram motes, rimas e métricas pelo simples prazer ou desafio de prender-se a uma forma fixa e depois libertar-se.
O Futebol, inserido em nossa cultura através dos ingleses pela ‘elite branca’ paulista, no final do Século XIX, manteve-se ascendente em termos de popularidade e prática entre nossa população até os dias atuais, mesmo tendo perdido 15 Copas, sendo duas delas em casa. O Cordel, chegado no mesmo período, trazido na bagagem pelos colonizadores portugueses, ‘elite branca’ lusitana, ao contrário, encontrou seu auge entre os anos 30 e 50 do Século XX, entrou em decadência no período da Ditadura Militar, por repressão à livre expressão, ressurgindo apenas nos Anos 90 como objeto decorativo, auxiliado pela xilogravura; suvenir para turistas encantados pela “Cultura Popular”; fonte de dados para historiadores; objeto de pesquisa e estudos acadêmicos literários e linguísticos; produto literário rentável para gráficas do Nordeste e do Sudeste; e fonte de inspiração e criação para novos escritores e escritores novos. Escritores que vislumbraram na oralidade do cordel não apenas as toadas do repente e do desafio, mas também o ritmo do coco, da embolada, do baião, do cururu, do samba-de-roda, do pagodão, do rockn’roll, do rap, do funk e outros mais; além da utilização da internet como meio de divulgação e comercialização de livros e folhetos.
                                         
E foi justamente com o Futebol, este baluarte irmão rico do Cordel, considerando os dois como pertencentes a uma “cultura” dita “popular”, que Elton Linton O. Magalhães, um baiano trintão, castro-alvense, profissional da área da Educação, professor universitário de literatura, decidiu se mostrar ao mundo através da Literatura de Cordel. Ele já havia trilhado este caminho com um folheto contando a História do Esporte Clube Bahia e lançou outros 7 abordando temas que vão da homofobia às escolas literárias.  Elton agora empenhou-se em desenvolver este épico romance, 2014: o ano da Copa no país do futebol. Dividido em 4 tomos: O País, Os Povos, As Partidas e O Escrete Brasileiro, o poeta narra a saga do nosso povo com uma visão sócio-político-futebolística, que agrada mais que a seleção jogando em casa a Copa de 2014. As mais de 200 septilhas em esquema de rimas ‘x a x a b b a’, foram lapidadas e apuradas com primorosa dedicação de artesão preocupado em mostrar uma linha de pensamento em que crê e necessita compartilhar, inclusive nas redes sociais, embutindo ‘hastegs’ aqui e acolá em seus versos, um traço de contemporaneidade bem sacado.
O poeta, Elton Magalhães, flui sua verve em vocabulário coloquial simples e prazeroso de ler, fazendo-nos querer conhecer não só a História do Futebol no País da Copa, mas acompanhar o raciocínio de um escritor que se revela sincero nos fatos, nas crenças políticas e nas emoções, sabedor que é da importância deste esporte para nossa cultura e identidade.
Se conscientes fossem da narrativa pungente aqui exposta, talvez o desempenho, ou no mínimo, o interesse dos jogadores da Seleção Brasileira pelo esporte fosse maior que pelo mundo “fashion” de cabeleiras coloridas, arrepiadas e excessivas tatuagens corporais. Mas não culpemos o poeta por esta decepção inglória, vamos ler e divulgar esta História pra as gerações futuras.

O livro pode ser adquirido na página da editora: mondrongo.com.br

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

domingo, 21 de setembro de 2014

CORDEL NO CARURU DOS 7 POETAS

O Caruru dos 7 Poetas é um evento que celebra a poesia unida à tradição cultural e religiosa baiana. Numa analogia aos 7 meninos dos carurus de Cosme e Damião, o projeto promove o encontro de 7 poetas, das mais diversas correntes literárias, para ler, recitar, declamar, falar, cantar, dançar e até pintar seus poemas.
Em sua 10ª Edição, os organizadores, a Casa de Barro – Cultura, Arte, Educação, ONG que atua  no desenvolvimento humano e cultural do Recôncavo baiano, lançará dia 26/09, a antologia “Todas as Mãos”, em e-book, com poemas de todos os poetas que participaram do Caruru dos 7 Poetas nesta última década.

Os poetas Antonio Barreto, Gildemar Sena, Jotacê Freitas e Sérgio Bahialista participaram em edições distintas do Caruru dos 7 Poetas apresentando o Cordel Baiano e estão contemplados na antologia eletrônica “Todas as Mãos”. Maiores informações: clique na imagem.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A COPA CONTINUA NO CORDEL BAIANO

Com o folheto “A Copa das Copas ou A Copa que não teve quem não gostasse”, o poeta João Augusto, entra na polêmica sobre a Copa 2014 e nos surpreende com sua visão positiva sobre o evento e a derrota da Seleção do Brasil. Se por um lado ele cede ao partidarismo político, por outro, o da bola na rede, ele reconhece as qualidades da seleção Alemã, grande campeã da Copa 2014, e aponta as falhas do escrete nacional. Quem quiser adquirir o cordel deve entrar em contato com o imeio: jrjoaroch@gmail.com

domingo, 17 de agosto de 2014

CORDEL BAIANO NO PARQUE DE PITUAÇU


 
A caravana da Biblioteca Móvel, projeto da Biblioteca de Extensão da Fundação Pedro Calmon, esteve neste domingo no Parque de Pituaçu. Dando prosseguimento ao AGOSTO DA CULTURA POPULAR o poeta Jotacê Freitas realizou mais uma oficina de cordel com as crianças e o apoio luxuoso de Aline, Synara, Henrique e Gleide.
Abrindo espaço para crianças de todas as idades, a oficina é orientada de forma lúdica com leitura de folhetos e jogos de memória com rimas e estrofes. Aos poucos os participantes são envolvidos na história desta arte popular universal e tão brasileira.
                                     
O tema da oficina é o folclore brasileiro, o mais rico do mundo, conforme o título do mine folheto distribuído aos brincantes que leem, cantam e torcem uns pelos outros ao som de versos sobre o Saci, Curupira, Samba de Roda, Loura do Banheiro, Cuca e outros. Acima o poeta ao lado da diretora Gleide Machado com o buzu biblioteca ao fundo. 

sábado, 16 de agosto de 2014

CORDEL BAIANO NA BIENAL DE SÃO PAULO

O poeta, José Walter Pires, estará na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, dia 24 de agosto, às 17 horas, lançando o livro: EXALTAÇÃO A MÁRIO RIZÉRIO LEITE – cordel biográfico e outras memórias. O livro, editado pela editora EDUNEB, traz uma biografia em cordel do médico, escritor e professor catedrático da Universidade Federal de Goiânia, Mário Rizério Leite, da cidade de Brumado. Mário foi romancista, contista e pesquisador da cultura popular nos anos 50 do século passado. Além de depoimentos e artigos de outros autores, Zé Walter apresenta uma adaptação em cordel de um conto publicado por Mário: O CANTADOR QUE TENTOU ENGANAR A MORTE. Além de um belo trabalho gráfico, o livro mostra a importância desse autor na literatura brasileiro.
                                             
Dando prosseguimento ao seu projeto de produzir e divulgar a Literatura Brasileira de Cordel, Zé Walter, lançou também o folheto biográfico: JOÃO UBALDO RIBEIRO, O CONTADOR DE HISTÓRIAS. Contatos com o poeta: zewalter@fatorsh.com.br

domingo, 10 de agosto de 2014

NOVOS FOLHETOS NA PRAÇA, NO ÔNIBUS E NA REDE

O saudense, Zaia, traz uma nova experiência com o cordel de "frente pra trás e de trás pra frente" com um tema em voga no momento. Interessados devem entrar em contato com zaiapoetabahia@gmail.com ou no próximo ponto.
Barreto, que já correu atrás de bola na juventude, nos descampados de Santa Bárbara, fez um excelente cordel para quem sofreu e quem gostou da derrota da seleção na Copa. Tá no facebook.
                         
Nos agradando com uma crônica sobre sua estadia em Portugal com seus amigos poetas e artistas plásticos, ao sabor dos vinhos lusitanos, Franklin Maxado Nordestino, retornou à sua aldeia feirense prometendo para breve mais um folheto: AVENTURAS E DESVENTURAS DE MARIA VENTUROSA, UMA LUSA QUE SE ACHOU NO BRASIL, inspirado no Aveiro(Portugal) e em conversas com portugueses como o jornalista Jorge,  o angolano Antonio Borges, Francisco José Rito, Antonio José Cravo, José Manoel Oliveira e outros.  

CORDEL BAIANO NA BIBLIOTECA MÓVEL

A Biblioteca Móvel da Fundação Pedro Calmon, um microônibus adaptado com estantes de livros, folhetos, jornais, revistas e obras de artes, esteve presente no Dia dos Pais, no Dique do Tororó, abrindo o seu projeto: AGOSTO DA CULTURA POPULAR, com a presença do poeta Jotacê Freitas e uma Oficina de Cordel.
                         
A bordo do buzu, a leitura do folheto "OS TRÊS IRMÃOS DESUNIDOS", uma adaptação em cordel do conto popular 'Os 3 Porquinhos', provocou risos na plateia.
A oficina consiste numa breve apresentação histórica e técnica da Literatura do Cordel para em seguida convidar as crianças para participar das brincadeiras: jogo de memória, tendo o folclore como tema; e leitura cantada e dramática das estrofes do folheto que é distribuído como brinde. Os pais e pães, que se encontravam presentes, foram contemplados com um folheto pela passagem do seu dia.
A equipe da Biblioteca Móvel: Jeckselma, Aline e Henrique, sob o comando de Gleide, recepciona e atende a todos com entusiasmo e estimulando a leitura e a participação nas atividades.
                                    
No próximo domingo o pouso será no Parque de Pituaçu. Todos estão convidados.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

CORDEL PROPÕE REFLEXÃO SOBRE AS TRADIÇÕES IDENTITÁRIAS

Uma das empresas patrocinadoras do São João bonfinense espalhou vasta propaganda na arena junina, no Parque da Cidade, alegando que “São João e tradição fazem um casamento bão” e não foi apresentado o tal ‘casamento’. A Capital Baiana do Forró e do Futebol, em ritmo de copa e copos está mais para festa de largo soteropolitana.
Consultando o dicionário Houaiss aprendemos que tradição é uma herança cultural, um conjunto de valores morais, culturais e espirituais, entre outros, passados através das gerações.

Há uma contradição em relação ao prometido com o realizado e os contraditórios são também contrariados e às vezes são do contra. A união dos opostos em benefício de um bem imaterial comum, a nossa cultura, será benéfica para a população que precisa conhecer a própria história e a diferença entre cultura popular e cultura de massa. Usar o “gosto” dos jovens como desculpa é insipiente, pois temos obrigação de educar os jovens. Clique na imagem acima para ler o folheto de cordel.

Foto: Walkíria Andrade F.
 A 1ª FEIRA DO LIVRO DO PIEMONTE NORTE DO ITAPICURU

Anunciada no panfleto oficial que divulga a programação da festa junina de Senhor do Bonfim, a 1ª Feira do Livro do Piemonte Norte do Itapicuru foi, sem nunca ter sido, uma verdadeira Feira. Uma série de desencontros e promessas de apoio não cumpridas impediram a plena realização do evento que funcionou improvisadamente apenas no segundo e terceiro dias, dos cinco programados. Estiveram presentes diversos escritores com sua produção literária: Dora Ramos, Paulo Tolentino, Renato Bandeira, Gustavo Teixeira, Edvan Cajuhi(com o acervo da ACLASB), Jotacê Freitas, os músicos Daniel Gomes e Zecrinha com CDs e a artista plástica Maria Cristina com uma exposição de quadros. Estavam à venda também livros de autores regionais, nacionais e internacionais.
O imprevisto me inspirou a compor mais três sextilhas para o cordel “A guerra de Zé do Contra...” :

O Casamento Matuto
Pra ele não tem valor
O Teatro é loucura
Que junta o riso e a dor
Zé do Contra é contra tudo
É contra até o amor.

Zé do Contra odeia livros
E os que gostam de estudar
Quanto mais analfabetos
Funcionais para usar
Zé do Contra se elege
Ao que se candidatar.

Zé do Contra é contra a feira
E a deixa entregue às traças
A de livros a de rua
A de arte de cabaça
E outras artes também
Não importa quem as faça.

domingo, 8 de junho de 2014

CORDEL BAIANO PARA DOMINGUINHOS

No dia 04/06, quarta-feira, a Rádio Sociedade da Bahia AM, realizou mais um sensacional concurso de Sanfoneiro, Cordelista e Repentista no Piso Central do Shopping Piedade, com transmissão ao vivo do evento que dá início às comemorações joaninas da emissora de rádio e do centro comercial. Desta vez os contemplados foram: Bilial do Forró, melhor sanfoneiro; Paraíba da Viola, melhor repentista; e, Clímaco Neto, o Pilô, como melhor cordelista.

Parabéns aos amigos vencedores que disputaram o concurso com mais de 20 inscritos. Sucesso à Rádio Sociedade pelo incentivo e difusão da nossa cultura. Acima você pode ler trechos do cordel: Brasileiro de Valor, de Clímaco Neto, em homenagem ao mestre Dominguinhos.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

CORDEL SOBRE MILTON SANTOS


O Programa de Pós-Graduação em Geografia, o Departamento de Geografia, e o Grupo dePesquisa: Produção do Espaço Urbano - PEU da UFBa, realizaram o I Concurso Literário Milton Santos. Este concurso, em caráter nacional, teve como principal objetivo a apreciação da obra do grande geógrafo baiano envolvendo Geografia e Literatura.
Antonio Barreto foi o vencedor em 1º Lugar na categoria Cordel. É o cordel baiano mostrando sua criatividade, competência e produtividade. 

terça-feira, 13 de maio de 2014

O LOBISOMEM BAIANO

As tradições se reinventam e o Cordel segue seu destino de narrar também os fatos escabrosos que ocorrem em nosso mundo real, virtual e sobrenatural. Com a coragem de um caçador o poeta, João Rocha, convida a todos para o lançamento do seu mais recente cordel.
 Em mensagem enviada a amigos e convidados em geral ele chama a atenção de todos sobre telefonemas anônimos que tem recebido “de indivíduos que costumam virar lobisomem, afirmando que estarão presentes ao lançamento do cordel sobre o tal que foi filmado em São Gonçalo dos Campos, a partir das 10:00h da manhã, no dia 17 próximo (sábado), no bar de Jorge, situado dentro do Condomínio Parque Flamboyants, final da Av. Paulo VI, na Pituba. Na certa, este é um risco que sempre corremos, mas é da natureza das coisas.

           Soube até que está se esboçando um movimento ("Lobisomens contra a Copa"), formado em função de que as cidades ficarão mais iluminadas durante o mês de realização dos jogos, o que tornará mais difíceis as condições para a proteção da espécie, sujeitando-a ao vandalismo daqueles que não compreendem a diversidade como normalidade, nos tempos hodiernos. 
Compreendemos a situação, mas estaremos preparados para inibir qualquer transformação espalhafatosa e antinatural, durante o lançamento de nosso modesto cordel. Por precaução, no entanto, o SAMU será contactado para, em qualquer eventualidade, atuar adequadamente. Fiquem certos  de que estaremos preparados para o diálogo franco e tranquilo, qualquer que seja situação que venha a se apresentar.
            Temos, por sinal, um  opúsculo anterior sobre o "homo lúpus", também em versos,  em que tratamos exatamente dos direitos lobisômicos no contexto do regime semiaberto da globalização, que será levado para o lançamento.”

Vamos lá, com balas de prata, alguns patuás e dicas de Zé Walter Pires.

segunda-feira, 31 de março de 2014

FESTIVAL DOS CORDELISTAS 2014

O encerramento do Festival dos Cordelistas, na Praça Cayru, dentro das festividades do 465º aniversário da capital baiana, foi realizadao pelos irmãos João Ramos e Caboquinho, dupla de Feira de Santana, que provocou risos na plateia em todos os modos de repente numa peleja que começou ao meio-dia e encerrou-se apenas à 1 da tarde. Após o show, os artistas foram cumprimentados pelos amigos e poetas: Antonio Barreto, Luiz Natividade e Zuzu Oliveira.
                       
O Palco dos Cordelistas, montado na Praça Cayru para as apresentações dos repentistas, teve o patrocínio da Fundação Gregório de Mattos. A OBPLC - Ordem Brasileira dos Poetas de Literatura de Cordel estava representada pelo presidente, Paraíba da Viola, que teve direito à uma bancada para vender folhetos.

terça-feira, 25 de março de 2014

REPENTISTAS BAIANOS VOLTAM À PRAÇA CAYRU

Os Repentistas baianos voltaram a ocupar a Praça Cayru e desta vez patrocinados pela Prefeitura que criou o Palco dos Cordelistas para apresentações do Festival dos Cordelistas. O evento faz parte do Festival da Cidade que celebrará os 465 da primeira capital do Brasil, a São Salvador da Baía de Todos os Santos. Os Repentistas se apresentarão de 25 a 29/03, sempre às 12 horas, na seguinte sequência: Paraíba da Viola e Lucas Evangelista; Bráulio Pinto e Sabiá; Antonio Queiroz e Davi Ferreira; Lavandeira e Zé Francisco; e Caboquinho e João Ramos. Bule-bule, além de Mestre de Cerimônias, lançou o livro "Um punhado de cultura popular".

Veja aqui a programação geral e prestigie a cultura baiana. Leia também matéria no jornal A Tarde.

segunda-feira, 17 de março de 2014

O CORDEL VIVE EM FEIRA DE SANTANA

 Foi realizado neste sábado, 15/3, um recital poético no Mercado de Artes, em Feira de Santana, com a presença dos poetas: Franklin Maxado Nordestino, Jurisvaldo Alves, Antonio Barreto, Nivaldo Cruzcredo e Jotacê Freitas; e a artista plástica e ilustradora Walkíria A. Freitas. De forma itinerante os poetas circularam entre os boxes do Mercado cantando músicas nordestinas e convidando a todos para o evento.
 Na porta principal do Mercado de Artes o poeta, ator, compositor e artista plástico, Franklin Maxado, comemorando 40 anos de carreira artística fez a abertura da apresentação dos convidados que um a um foram declamando e lendo seus versos atraindo os transeuntes. Após o recital comerciantes, clientes e poetas reuniram-se nos boxes 63 e 64, os pontos do Cordel, e continuaram a brincadeira que recebeu as ilustres visitas do poeta Caboquinho e do Secretário de Cultura, Antonio Carlos, que prometeu um toldo e uma aparelhagem de som para o próximo evento.
 Franklin Maxado foi um sucesso com sua interpretação e comentários, envolvendo a plateia que gargalhava com seus versos de humor; Jurisvaldo, lembrou da função histórica do folheteiro e demonstrou alguns clássicos além de versos de sua autoria com a filha Patrícia; Nivaldo Cruzcredo, radialista da rádio Subaé, amante da cultura nordestina, fantasiado de vaqueiro, mostrou que não é só bom de papo mas de verso também; Antonio Barreto, com seu pandeiro e sua gaita foi o grande animador musical e conclamou a todas a comprarem os folhetos para que os poetas permaneçam ativos e produtivos; Jotacê Freitas, apresentou seus títulos e leu trechos de um dos seus folhetos.
 Na opinião dos poetas o recital foi positivo para mostrar ao povo feirense que o cordel continua vivo e seus poetas tem espaço garantido para vender e demonstrar sua arte, diferente da capital que fechou a única banca de cordel existente.
Torcemos para que eventos como este se repitam com o devido apoio e divulgação para que o povo feirense tenha acesso a esta cultura tão nossa e tão renegada.