sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ASSIM CAMINHA O CORDEL NOVO 2


Bule-Bule, o maior repentista vivo da Bahia, eu vi na TV e me orgulhei ao conhecê-lo pessoalmente. É o prosseguidor do trabalho de Rodolfo Coelho Cavalcante, como organizador da classe poética, e tem uma carreira de músico e repentista independente da de cordelista. Sua geração iniciou os trabalhos entre os anos 60 e 70, pós Minelvino Francisco Silva; e, entre outros, são destacados os seguintes: Antonio Queiroz, Berto Santos, Papada, Tranquilino, Erotildes, Archibaldo, Carlinhos, Enoque, Genário, Gino Frey, Hildemar, ISMOCA, JOSAN, Aras, Jussandir, Manuel dos Santos Almeida, Imperador, e Paraíba da Viola, responsável pela Banca de Cordel da Praça Cayru, única referência do cordel em Salvador. Atuando por fora, mais precisamente em São Paulo, Franklin Maxado Nordestino, um ícone da renovação do cordel nos anos 70 e 80, foi vítima de preconceitos por ser “doutor” e acabou virando personagem de folhetos. Em Bonfim, minha cidade natal, os poetas Osvaldo Aragão, Hélio Freitas e Carvalho de Melo, me aproximaram da métrica, o que facilitou a criação de diversos acrósticos para aniversários, batizados, casamentos e enterros; e depois Carlos Grota e Raimundo 'Mamute' Carneiro, revelando-me os segredos das cantorias. Laércio Lima e Paulo Machado confrontaram-me com Cuíca de Santo Amaro e soube apenas que foi um cordelista “boca de brasa”, um Gregório de Mattos popular.

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