Como
numa profecia, João Rocha, antecipou a revolta dos ambulantes no carnaval da Bahia
protestando contra a liberação de apenas uma marca de bebida alcoólica ou refrigerante durante os festejos.
Esse mal afetou também a Fonte Nova e o Ceasa do Rio Vermelho. Espaços públicos
privatizados impedindo o cidadão de livre escolha de consumo. Eles alegam patrocínio para
manutenção dos espaços ou pagamento de artistas. Leiam abaixo algumas estrofes
do novo folheto desse poeta que está sempre atento às injustiças sociais:
Amigos,
o Carnaval
É
festa da liberdade,
E
aqui em Salvador,
Falo
com sinceridade,
Nunca
vi proibir marca,
De
cerveja, na cidade.
O
transporte coletivo,
Na
Capital não existe,
Quem
sai de casa bem cedo
Chega
no trabalho triste,
E
a imprensa, comprada,
Trata
tudo como chiste.
Agora
vendeu de vez
Salvador
para a Schin
Proibindo
qualquer marca
Que
não rime com Grampim;
Não
convence as nega dele,
E
quer convencer a mim!
No
Carnaval de dez dias
Quem
ganha é o aedes aegypit:
Vai
ser uma epidemia,
Caro
leitor, acredite,
Acho
que a saúde pública
Tem
de botar um limite.
A
gripe, como se sabe
Já
é tradicional
Todo
mundo adoece
Logo
após o Carnaval,
Mas
agora, com a zika,
A
coisa é mais anormal.
No
Carnaval, bem se sabe,
Surge
muita gravidez
Aí
o mosquito morde,
Pois
aqui ele tem vez
E
se o cuidado foi pouco...
O
microcéfalo se fez.
Quem
irá pagar depois,
Pela
vida condenada
De
um ser que foi gerado
No
meio da timbalada,
Devido
a uma picadura
De
mosquito, à madrugada?
Eu,
por mim, vou à Mudança
Do
Garcia, animado,
Pra
juntar com As Muquiranas
Naquele
agito danado,
Todo
mundo de mulher,
Mas muito pouco viado.
O lançamento foi feito na Lanchonete PEDAÇO DO CÉU,
no Garcia, durante o esquenta da Mudança, na segunda-feira, 8/2. Os interessados
em ler o cordel completo escrevam para o poeta no seguinte endereço: jrjoaoroch@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário