quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O ABOIO MODERNO DE MAXADO NORDESTINO


O poeta e xilogravurista, Franklin Maxado Nordestino, mais uma vez envereda pelo caminho da música com ABOIO MODERNO, música selecionada para o 9º. Festival “Vozes da Terra”, Feira de Santana, 2.009, uma parceria sua com Raimundo M. S. e arranjos de Sapiranga, autor do projeto “Música da Zona da Mata”. Esta é a 4ª vez em que ele classifica uma música para as finais. O evento será na Praça do Fórum, em Feira de Santana, das 10 às 19 horas.
“Franklin Maxado, é um feirense que renovou a Literatura de Cordel de feira quando morava em São Paulo e que é jornalista formado pela UFBA. Fundou e dirigiu as primeiras sucursais de jornais da capital em Feira (Jornal da Bahia e Emissoras e Diários Associados). Trabalhou ainda em A Tarde, na Folha de São Paulo, tendo três livros sobre Cordel e Xilogravura publicados pelo histórico jornal Pasquim, do Rio de Janeiro. É também da turma fundadora da TV Educativa da Bahia, onde teve um programa diário.
Voltando para Feira em l990, dirigiu por mais de l0 anos o Museu Casa do Sertão da UEFS, que idealizou, e também presidiu a AFL- Academia Feirense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Feira (interinamente). Tem uma fazendinha onde cultiva suas raízes rurais e a criação de gado.
Tem 300 cordéis publicados, além de livros como o Álbum de Feira de Santana (ensaio com desenhos), Protesto à Desuman-Idade (poemas), Profissão de Poeta (poemas), Negramafricamente (poemas) eAntologia de Cordel da Editora Hedra.”
Segundo Franklin Maxado, “o Aboio é um canto de vaqueiro no seu trabalho para chamar ou tocar os bois no pasto ou na boiada pelas antigas trilhas. Na região pecuária de Feira de Santana, muito se ouviu esse canto monocórdio e gutural, principalmente no fim da tarde quando se prendiam os bezerros apartando das vacas a fim de tirar o leite delas pela manhã. A colonização portuguesa e mestiça no interior do país foi basicamente com as fazendas de gado, gerando uma população rural e folguedos do nosso Folclore como o Bumba-Meu-Boi.”
Na nova canção, o poeta denuncia a industrialização das fazendas e a mercantilização desenfreada dos animais que hoje vivem quase mudamente, quase sem mugidos, com os seus vaqueiros motorizados e sem aboios.

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