sexta-feira, 26 de agosto de 2011

FRANKLIN MAXADO NO INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA



O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – IGHB, promoveu ontem, 25/8, uma palestra animadíssima com o poeta, xilogravurista, jornalista e compositor, Franklin Maxado. Autor de mais de 300 folhetos de Cordel em quase 40 anos de atividade, Franklin é o grande representante deste gênero aqui na Bahia. Pertencente à geração de 70, ele conheceu e se relacionou com os grandes mestres do passado, entre eles, Rodolfo Coelho Cavalcante, responsável por seu ingresso nesta arte.
Na palestra, Franklin, além de contar sua trajetória poética, ressaltou a importância do Cordel para a educação, sendo ele um dos precursores desta idéia, quando no final dos anos 70, pleno regime ditatorial, solicitou ao então Ministro Eduardo Portela, a inclusão da Literatura de Cordel no currículo escolar brasileiro.
Falou da sua preocupação com a moda passageira que o Cordel pode sofrer com a novela global Cordel Encantado; do preconceito sofrido por poetas baianos na barraca da Ordem dos Poetas na Praça Cayru, que não prestigia as produções locais, divulgando mais as obras de outros estados do Nordeste por meras questões econômicas; da evolução do Cordel para um público erudito, formado por professores e estudantes universitários, deixando de ser popular por conta do desinteresse do povo pela leitura e hábitos televisivos.
Após a palestra o poeta brindou-nos com a leitura de trechos de seus folhetos com maestria e gracejo. Apresentou a relançamento em nível nacional pela Editora LUZEIRO, dos cordéis: SACI E BICHO FOLHARA e GRACINHA CORNETEIRA, A MALAZARRES DE MINISSAIA. O Boletim Informativo do IGHB, nº 39, também publicou um artigo de Franklin, intitulado O ATUAL CORDEL BAIANO, que serviu de base para a sua palestra. Entre estudantes, curiosos e pesquisadores, estiveram na platéia a Presidente do Instituto, Consuelo Pondé de Sena; o historiador Luis Henrique Tavares; o antropólogo Luis Mott; os poetas João Augusto, Antonio Barreto e Eliseu Moreira Paranaguá; o artista plástico Luis Natividade.

Contatos com o autor: franklinmaxado@bol.com.br e franklinmaxado@ig.com.br (75) 3623-3845

3 comentários:

  1. O novo cordel baiano precisa ser valorizado não só por professores, mas principalmente por governantes. Nâo é admissível que não haja um canal de difusão desta arte nordestina tão prestigiada no resto do brasile e da europa.
    Paolo menezes - Professor - São Paulo - SP

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  2. Por favor, preciso do contato do poeta Franklin Maxado.

    Neuma Dantas de Bagdá - neumaugusta@gmail.com
    Tel.(74) 3626-2229 (Mundo Novo-BA)
    (71) 3248-0705 / 9139-9065.
    (Caso de falecimento)
    Obrigada,
    Neuma Dantas
    Jornalista

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  3. A sabedoria do mestre se propaga e vai criando novos discípulos. Viva Franklin, o maxado, da xilo e do cordel.
    Teka

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